Passive House: O Guia Essencial

Jun 21, 2023

Pode ser uma novidade para alguns, mas o conceito de passive house veio para ficar. Neste artigo, fique a saber tudo sobre as casas passivas, a origem desta norma, denominada passivhaus, e como obter a certificação de passive haus.

Saiba ainda quanto tem de despender para esta certificação e o que implica ser uma passive house, incluindo o preço. Venha daí e entre neste guia detalhado sobre este novo normativo e todas as suas vantagens.

Passive House: O Que É?

Este conceito aplica-se à construção e define um padrão de desempenho eficiente de vários pontos de vista: energético, de conforto, sustentável, salutar e ainda acessível a nível económico. No entanto, vamos conhecer cada um destes prismas de forma mais detalhada.

  • Conforto e saúde – uma passive house tem de ser uma fonte de bem-estar e saúde para os seus habitantes. Para isso, é necessário haver uma excelente qualidade do ar no seu interior, um amplo conforto térmico – tipicamente, com temperaturas a oscilar entre os 20 e os 25 graus centígrados – e não haver grandes variações a nível térmico.
  • Saúde do edifício – a passive house respeita a física dos edifícios, prevenindo o aparecimento de patologias nos prédios e habitações e otimizando o seu desempenho.
  • Eficiência energética – uma passive house abrange um nível de eficiência energética sem paralelo em termos mundiais. Neste sentido, e por comparação com os edifícios ditos tradicionais, a passive house permite uma poupança de energia na ordem dos 75%. Além disso, trata-se de uma solução testada intensivamente e em consonância com o NZEB – Nearly Zero Energy Building.
  • Acessibilidade – a passive house pode custar o mesmo que uma habitação dita tradicional. No entanto, os custos de produção de uma passive house são significativamente menores dos que os de um edifício construído de forma convencional. A chave são as baixas necessidades de energia e manutenção.
  • Sustentabilidade – as emissões de CO2 numa passive house são significativas, uma vez que a eficiência energética é substancial. Dessa forma, estes tipos de habitações são menos dependentes de combustíveis fósseis, contribuindo para a proteção do planeta. O recurso a fontes de energia renovável faz da passive house uma casa com baixas necessidades energéticas.

Passive House: O Que Implica?

Para concretizar os princípios acima enumerados, uma passive house tem de dispor de determinados critérios específicos. Entre os principais, destacam-se:

  • Níveis adequados de isolamento envolvente;
  • Portas e janelas passive house;
  • Sistemas de ventilação com recuperação de calor;
  • Estanquicidade do ar em redor do prédio;
  • Ausência de pontes térmicas em redor do prédio.

Há ainda outros critérios adicionais que um edifício tem de cumprir para ser considerado passive house:

  • Desempenho passive house – medidos através de um software específico;
  • Identificação de Certified Passive House Designer – responsável pelo preenchimento do documento, que deve constar de uma lista específica;
  • Resultado do teste de estanquicidade do ar n50 – efetuado por uma entidade externa e independente e segundo a norma ISO 9972;
  • Resultados do teste de arranque do sistema de ventilação – efetuado pela empresa que foi responsável pela instalação do sistema e seguindo o protocolo do Passivhaus Institut.

Certificação Passive House: Como Obter?

Pode requisitá-la diretamente ao Passivhaus Institut ou a uma entidade certificadora devidamente acreditada. Deve optar por selecionar uma certificadora do seu país, pois conhecem melhor os sistemas de construção locais, a respetiva legislação e os regulamentos. Em todo o caso, se preferir, pode escolher uma certificadora de um país estrangeiro.

Certificação Passive House: Quanto Custa?

Não existe uma tabela específica. Poderá solicitar vários orçamentos e escolher o que mais lhe interessar. Existe ainda lugar à liquidação de uma taxa a entregar ao Passivhaus Institut pela entidade certificadora, de forma a cobrir os recursos disponibilizados aos certificadores, pelo instituto.

Depois de escolher o seu certificador, existe alguma informação que terá de enviar à respetiva entidade, incluindo:

  1. Área útil de construção;
  2. Calendarização do projeto e da obra;
  3. Balanço energético inicial;
  4. Projeto preliminar;
  5. Descrição breve do projeto, incluindo tipologia, utilização e sistema de construção;
  6. Previsão de custo total da obra;
  7. Experiência dos projetistas dentro da Passive House;
  8. Outras particularidades do projeto.

Com vista a reduzir as emissões de CO2 associadas aos edifícios e melhorar a qualidade do edificado no país, importa eliminar algumas caraterísticas que têm proliferado na construção nacional, nomeadamente:

  • Má qualidade do ar interior;
  • Baixos níveis de conforto térmico;
  • Elevado nível de pobreza energética;
  • Elevada exposição à humidade e bolor no interior das casas;
  • Baixos níveis de conforto acústico e alta exposição ao ruído que vem de fora do edifício;
  • Ambiente interior prejudicial à saúde humana e animal.

Ao transitar o edificado nacional para o desempenho passive house, está a contribuir para um aumento da qualidade do ar interior, um maior conforto térmico, a erradicação de patologias do edifício, o aumento do conforto acústico e uma mais elevada eficiência energética.

Passive House: Quais os Resultados da Sua Implementação

Ao apostar no desempenho passive house, está a contribuir para melhorar indicadores extremamente importantes, entre os quais:

  • Melhoria da qualidade de vida de todos;
  • Edifícios mais eficientes, saudáveis e duradouros;
  • Melhoria da qualidade do produto entregue pelo setor da construção civil;
  • Melhoria da experiência e da qualidade do turismo em Portugal;
  • Redução do consumo de energia em Portugal e diminuição acentuada das emissões de CO2;
  • Maior facilidade de implementação de smart grids e micro grids;
  • Melhoria da resiliência energética e caminho no sentido da independência energética em Portugal;

No entanto, para atingir estes objetivos, é necessária a implementação de algumas mudanças significativas e importantes, sobretudo:

  • Reformulação da definição do NZEB, antecipando a revisão imposta pela União Europeia;
  • Liderança do Estado, ao implementar as melhores práticas, nomeadamente a Passive House, em todos os edifícios novos e reabilitados, incluindo na habitação social;
  • Implementação gradual municipal, intermunicipal, metropolitana e regional;
  • Estabelecimento de um programa alargado de monitorização da qualidade dos edifícios;
  • Aposta na formação profissional e académica dos atuais e futuros agentes do segmento da construção e da gestão de edifícios;
  • Fortalecimento da rede Passive House em Portugal.

Ao transitar o edificado em Portugal para níveis de desempenho Passive House, estamos a fomentar a economia, a salvaguardar a saúde pública e a cumprir a Constituição da República Portuguesa.

Passive House Portugal: Como Aderir?

Se pretende aderir ao conceito de passive house, há vários passos que terá de dar, no entanto, o primeiro será contratar uma equipa que lhe consiga oferecer uma solução construtiva ecológica e com elevados isolamentos (térmicos e acústicos). Para isso, contacte hoje mesmo a Nudura. Somos credenciados e especialistas no sistema ICF e podemos ajudá-lo a implementar este conceito ao melhor preço e com todas as condições exigidas internacionalmente.

Não perca mais tempo, contate hoje mesmo um especialista da Nudura e dê já início ao seu processo de certificação passive house.

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